Falar ou Guardar ?

Eu sempre fui de guardar as palavras, desde pequena, achava que isso era ser delicada, ou educada. Então, em todo lugar, havia sempre alguém que mandava em mim. E eu, perdida em minha "educação", não respondia, apenas aceitava tudo o que mandavam eu fazer. Eu tinha medo de que se eu falasse algo, perderia a amizade dessa pessoa, ou ela ficaria brava comigo, ou sei lá ! Eu era uma criança complicada... (tá ainda sou... só um pouco !)

Quando eu era menor, as consequências desse medo eram pequenas. Mas conforme eu fui crescendo, percebi que as consequências cresciam também. Como eu já disse no começo do post, eu sempre fui de guardar. Guardava meus pensamentos para mim mesma, guardava minha raiva em minha consciência, guardava as palavras de ódio (que deveriam ter sido ditas) em meu coração, o que só piorava a situação (quando eu achava que estava melhorando). Apenas esse ano eu fui descobrir tudo isso. Apenas esse ano, depois de tanto me complicar, eu consegui entender o que eu deveria fazer (e que daria certo). Falar. Mas não falar tudo, falar na hora certa. Dizer o que pensa, sempre respeitando o outro, mas sem deixar de fora a sua opinião. Falar, para depois não se arrepender de não ter dito o que deveria.

Hoje, eu não sou de guardar tudo, mas também não falo tudo. Sou meio a meio, e assim está bom pra mim :)